Acaba logo

Aff, final de 2008 ta parecendo a última corrida de F1 em Interlagos, adrenalina total nas últimas curvas. Sabe quando parece que tudo entrou em ebulição? Momento de pé no chão, pra segurar a vontade de fazer o que o instinto manda, e a racionalidade segura. Nessas horas que a gente vê como a combinação da razão (Sergio) e da emoção (eu) é a formula certa pra equilibrar tudo. Que venha logo 2009, sem os sanguessugas atras tirando nossa energia!

Perfeito

ORAÇÃO DAS MULHERES:
Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom: não fiz
fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa,
sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica.
Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não
gritei, nem tive ataques de ciúmes.
Não comi chocolate.
Também não fiz débitos em meu cartão de crédito (nem
do meu marido) e nem dei cheques pré-datados.
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para
levantar da cama a qualquer momento…
Amém!

pedido de Ajuda aos universitários

Meus queridos leitores, preciso de um help.
No daycare da Luna, cada sala vai falar esse mês sobre as diferenças culturais entre os países nas festas natalinas. Na dela, escolheram o Brasil, não é demais? A-D-O-R-E-I, mas me pediram para que as ajudasse a apontar as diferenças entre o nosso Natal e o americano, e quais são os costumes típicos nessa época. Ai Ai, pensei tanto, e só lembrei das rabanadas, e que nosso natal não tem neve nem frio. O que mais poderia ser algo tipicamente brasileiro, que fazemos nas nossas comemorações? Tenho mais dificuldade em levantar isso porque nunca passei aqui um Natal tipicamente americano, acho que algum(a) brasileiro(a) que more aqui e que seja casado ou conviva com os americanos nessa data, poderia me dar uma grande ajuda.
Luninha também agradece 🙂

Thanksgiving

Hora de agradecer
Pela filha maravilhosa que tenho, cheia de saúde, que me dá muita alegria. É adorada por todos, obediente e me dá todos os sinais que conversando, conseguiremos nos entender bem.
Pelo marido fantástico, pela nossa história de 20 anos juntos, por ter uma pessoa ao meu lado que apesar da falta de tempo, really cares about me, e que sei que posso contar com ele sempre que eu precisar, meu super companheiro, marido e amigo.
Pelos amigos, que são poucos mas esses poucos, são amigos de verdade.
Por ter saúde, condições de educar e criar minha filha da maneira que gostaria, poder ter minha família sempre por perto, mesmo eles morando tão longe.
Abaixo, Luninha nesse Thanksgiving, com a mesma roupa do ano passado. Deu sorte 🙂

Oba Obama

E o americano, num país considerado racista e conservador, elegeu um negro jovem e democrata para presidente. Não simplesmente elegeu, foi votação recorde, esperança recorde, com muita vontade de mudar. Cansaram do Bush e dos republicanos, vários estados considerados vermelhos também cansaram e optaram pela mudança. Finalmente a maioria também cansou, e prevaleceu a esperança, depois de 8 anos, de se viver em um país diferente.
New York foi totalmente Obama, como esperado, já que é um estado democrata-liberal. As pessoas estão com aquele olhar e euforia que os brasileiros tiveram com a eleição do Lula, confiando que a guerra acabe, que melhore a política externa, que as grandes corporações sejam menos favorecidas e que haja a prometida grande reforma na área da saúde. Há os que duvidem (e muito) que Obama consiga cumprir tudo o que prometeu, pois ele necessitaria de vários mandatos, mas sinto que essa escolha foi um grito desesperado para que a política Bush fosse embora. Sai o presidente que é ridicularizado por sua “ignorância” e entra o presidente considerado culto, inteligente e antenado com o que está acontecendo no mundo.
Principalmente a comunidade negra, tem muito do que se orgulhar. Pessoas se emocionam ao lembrar que um dia lutaram apenas pelo direito do negro poder votar nos Estados Unidos, e não acreditam que hoje, estão votando em um deles para dirigir seu país. Alguns achavam que não estariam vivos quando isso acontecesse. Os jovens, numa mobilização também recorde, se orgulham de ter participado nesse momento histórico e tão significativo do país.
Meu desejo é que todas essas pessoas depois se orgulhem em quem votou, e que daqui a 4 anos o povo continue achando, que fez a escolha certa.

Enfim, o review (UPDATED)

Estava devendo esse post há muito tempo, finalmente consegui arrumar um tempinho.
A Zefinha (Roomba 560) é meu braço direito na limpeza de casa. Quando Sergio me mostrou, logo que chegamos em NY, achei que era coisa de americano prático e preguiçoso. Não ia limpar minha casa da maneira que eu gosto. No fundo, meu erro foi pensar que ela faria tudo, o lance da Zefinha é fazer a manutenção, e não pegar uma casa suja e deixar brilhando. Usando com freqüência, ela deixa minha casa (leia-se chão), sempre limpa. Para mim, que tenho cachorro e criança, é a melhor coisa que tem, pois não fica pêlo acumulado esperando a próxima faxina completa. zefinha.jpg Se colocar a Zefinha pra limpar uma casa muito suja, ela não vai fazer o serviço bem, pois as escovas vão sujar logo, e ela vai acabar deixando os excessos pela casa. Os cantinhos foi o que mais me surpreendeu, ela limpa SIM! Tem uma escovinha fina que fica meio pra fora (foto), que vai rodando e quando passa nos cantinhos, pega a sujeira e joga pra baixo e então as escovas grandes recolhem. No fundo ela até limpa mais do que eu, pois vai embaixo dos móveis, do balcão do banheiro, embaixo das poltronas, berço da Luna e da minha cama, coisa que faço a cada 1 mês se estiver inspirada. Resumindo: dependendo do nível de exigência, a Zefinha é manutenção, e não solução para nunca mais usar um aspirador.
Funciona da seguinte forma: ela tem uma base onde fica carregando, e só sai de lá no horário que você programou ou se for acionada no botão manualmente. Não tente entender a lógica dela, nem a seqüência. Em cada ambiente, só pra ela que faz sentido o caminho que faz, mas no fim, mesmo com a doideira que programa, ela realmente passa por todos os lugares. A casa tem que ser dividida em vários ambientes e você define isso usando o Lighthouse (esse branquinho da foto). Sendo assim, coloco um na entrada do corredor que vem da sala, e um no meu quarto. Zefinha então, entende que a sala é a primeira área que ela deve limpar e só quando acabar, vai pro corredor, passando pelo Lighthouse e para o quarto da Luna, que ela entende ser a segunda área. Depois de limpar bem esses dois lugares, é hora de ultrapassar o segundo Lighthouse e vir para o meu quarto. Quando acaba (é a bateria normalmente já está no fim) ela volta todo o caminho, encontra a sua base, e fica la carregando. No banheiro, tenho um Lighthouse que programo de forma que ela entenda que ali não é pra entrar, pois é onde fica o pad da Luana (a cachorra) e se ela entrar lá, se enrosca nele, e Luana acaba fazendo xixi no tapete.
Como toda empregada, Zefinha deixa a desejar em alguma áreas, e algumas coisas não funcionam como deveriam, mas o bom é que é de lua. As vezes ela faz tudo perfeito, outras vezes ela que é muito temperamental, vai descansar antes de vir pro meu quarto. Resolve que hoje não vai limpar lá, e volta pra dormir. Não entendo muito bem porque as vezes ela faz isso, mas desisti de descobrir, apenas entendo seu mal humor. Essa semana ela se recusou a vir no meu quarto todos os dias. Hoje dei um reset nela e nos Lighthouses e amanhã vamos ver se ela acorda melhor.

Algumas considerações:

– A escovinha do canto, quebra facilmente por exemplo se um cabelo se enrola nas perninhas, pois são de borracha, no entanto o suporte me enviou algumas quando liguei reclamando.
– É preciso deixar o chão livre, ela se enrosca facilmente em fios, engole brincos, meias etc.
– As vezes ela gasta mais tempo em um ambiente, e então a bateria pode acabar antes de ela voltar pra base. Pra mim sem problemas, coloco ela la de volta.
– Tem que limpa-la toda vez antes de usar, tiras as escovinhas e esvaziar o compartimento.

Conclusão:

Indico, re-indico e indico novamente, mas apenas para aquelas pessoas que fazem uma limpeza boa na semana com aspirador, e a Zefinha faz a manutenção. Depois dela, meu chão só fica sujo, se eu não fizer a minha parte de guardar as coisas jogadas e não liga-la por dias até que eu vença a preguiça e arrume a bagunça pra ela não se enroscar.
Abaixo, um vídeo dela limpando os cantinhos e embaixo dos móveis.

Video Player


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UPDATE: Zefinha também serve como catsitter

Cruises! a Suri precisa de um casaco!

Ela é muito LINDA, mas acho que a mãe é meio doida. Sempre vejo notícias da Suri, filha do Tom Cruise e Katie Holmes que me chama a atenção por ser em New York. Não deixei de notar que a bonequinha, mesmo no frio, está sempre de roupa de manga curta. Reparem nessas fotos que enquanto a mãe está super agasalhada, o pai com casaco de lã, e as pessoas em volta, todas com casacos, Suri está sempre de braços e pernas de fora. Que será que acontece… ainda não consegui achar alguma explicação pra isso. No Brasil acho que somos meio exagerados com essa coisa de frio, pegar “friagem”, vento, gripe etc, e apesar de concordar que é uma preocupação exagerada, no caso da Suri, acho que realmente quem está exagerando no “relax” é a Katie.
Olhe a alcinha azul, e o pessoal agasalhado atrás, com boné e tudo mais…

Tom Cruise está até de gola alta, agora olhe a Suri…

Chuva,vento e frio de 9 graus nesse dia…

E a mãe de casaco e calça comprida…

A manta branca sempre junto, mas nunca em cima dela, apenas no braço da mãe, (que está com um casaco bem quentinho).

DIGA NÃO!!!

Esse texto, apesar de MUITO bom não é do Jabor. Acho engraçado como circula sempre pela internet textos que dizem ser de autoria dele, pra ganhar credibilidade. Como já vi isso antes, hoje ao receber, fui procurar se era mesmo dele, pra colocar os creditos corretamente aqui, e descobri que não era. O texto é dela, e concordei com TUDO que disse. Leiam, vale a pena.
O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas?
Raiva contida?
Deficiência social ou mental?
Permissividade da sociedade?
O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: “ela não quis falar comigo”. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem, “não posso traumatizar meu filho”. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer – é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora – e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

a língua da Luna

A regra é essa: Luna fala inglês no daycare e português em casa. Parece fácil, mas até a gente se confunde. Ela, nós sabemos, vai tirar de letra, falando inglês com um sotaque totalmente local, nada influenciado pelo nosso, e isso já percebemos desde agora.
Antes, há uns 2 meses atras, ela falava em português tudo que aprendia conosco e em inglês tudo que aprendia no daycare. Tenho agora, percebido uma mudança, as palavras que ela usava em Português estão sendo substituídas. Sempre que ela me chamava, era “Mommy vem”, agora é “Mommy come here”. Nós, que devemos falar sempre nossa língua com ela, sem querer, acabamos falando algumas coisas em inglês sem perceber, e imediatamente nos corrigimos e repetimos em português. Não sei direito porque nós fazemos isso, acredito que seja porque inconscientemente, achamos que ela vai entender mais se falarmos como ela está acostumada a ouvir na escola.
É bem interessante todo esse processo e está engraçado a mistura que ela faz com as duas línguas. Às vezes chama papai, as vezes fala daddy. Ouvimos “papá,” e ouvimos “food”. Hoje mesmo, pela primeira vez, escutei ela dizendo “hungry”, antes era apenas “fome”. Estamos percebendo nesse momento, que ela está realmente deixando o inglês predominar, portanto, da nossa parte, o esforço deverá ser dobrado, para falar cada vez mais a nossa querida e amada língua para que ela fique gravada naquela cabecinha linda. A mistura que mais gosto de ouvir é: ” Mamãe I love you muito, muito, muito ”

I LOVE YOU

Estou preparando um post para falar da maneira que a Luna vem aprendendo as duas línguas, prometo que essa semana eu coloco! Hoje vim rapidinho pra registrar um momento muito fofo.
Esses dias ela começou finalmente a se irritar com o excesso de beijos que dou. Na rua, indo pro daycare ela me diz: “Mãe, chega de beijo. I love you “. Ok, entendi o recado, pra cobrir a carência da mamãe, ela nega o beijo, mas consola com o “I Love You”.
Hoje, no quarto, estávamos eu e Sergio sentados no chão brincando com a figurinha, quando comecei a pedir beijo. Ela disse “no kiss”, olhou pro pai e tascou-lhe um beijo. SAFADA, e ainda olhou pra mim e deu risada. Fui me levantando pra sair, ela nos surpreendeu, abrindo os braços, abraçando os dois ao mesmo tempo, e disse: “I Looooove you!!!”
Nessas horas que a gente pensa que acordar mais cedo e todo o trabalho extra, não é nada perto do sentimento que toma conta da gente, enche o coração de alegria e de orgulho de um toquinho de 2 anos, 90 cm e 13 kilos que tem o poder de nos deixar totalmente embasbacados e babando feito bobos.