Criminalidade aumenta em NY

New York sempre me pareceu super segura, desde que cheguei ha 12 anos atrás. Nunca fui assaltada, nem passei por nenhum perigo, e nunca suspeitei de ninguém. Foram 11 anos morando no Brooklyn, e confesso que me sentia mais segura lá do que aqui em Manhattan, não sei dizer o motivo, mas sei que aqui não ando com Luana na rua de madrugada com a mesma tranquilidade.
Segundo as estatísticas, o índice de criminalidade no metrô cresceu 16.6% do ano passado até agora, graças aos ladrões de iphones, ipods e ipads. A MTA e a polícia já traçaram alguns planos para combater a criminalidade, e policiais a paisana vao ter treinamento de 5 dias consecutivos para se passarem por pessoas que são alvo desse tipo de assalto. Eles se fingem de bêbados nocauteados nos bancos, ou pessoas que estão dormindo, ficam aguardando serem assaltados e então se identificam como policiais e prendem o bandido. As más línguas dizem que para eles o treinamento é bem fácil já que estão acostumados a ficarem bêbados e dormir por aí. Abram o olho!

11 Meses de puríssima gostosura

Já se foram 11 meses, e parece que foi ontem (super clichê, mas não tem como escapar dele). Ah a vida muda bastante… se um filho já faz esse rebuliço, dois com certeza fazem ainda mais, a diferença é que agora sabemos que vamos sobreviver. Hoje também sei que por mais que a gente queira fazer tudo perfeitinho como dizem os livros, muitas vezes é um esforço em vão, ou então muito stress sem muita razão. Com a Luna fiz questão de seguir todas as regras para que ela dormisse no berço sozinha, sem embalar, que se confortasse sem precisarr a cada acordada que eu estivesse ao lado. Deu certo? DEU. Dormia tranquila a noite inteira? SIM, mas ela passava por fases, sendo que algumas já com 2, 3 anos, acordava a noite, ia pra minha cama, ou então inventava mil desculpas para não dormir, ou levantava umas mil vezes da cama antes de pegar no sono, assim como todas as crianças, ou a maioria, que foram ou não acostumadas a dormir sozinha. Ainda sou fã dessas regras, afinal, sei que criança que dorme com os pais na cama, depois fica difícil de tirar, mas com Lorenzo, estou mais maleável. Ele dá sim mais trabalho pra dormir do que Luna deu, apesar de dormir a noite inteira, até que durma, dá um show a parte, mas sei que isso passa, fico lá com ele fazendo carinho até dormir (coisas que não fazia com a Luna pra não contrariar as regrinhas que prometem o sossego da gente) e ele tem dormido direitinho, só nao sei até quando!
É fato que o amor pelo segundo filho é igual ao primeiro, o que a gente duvida que vá acontecer antes de nascer, pois não imaginamos amar alguém com tanta força e intensidade como o filho que já temos, mas acontece! Existe portanto, quem diga que não é bem assim mas pelo menos até agora, estamos contrariando as pesquisas 🙂
Abaixo, em 1970, o meu sogro, meu marido bebezinho e minha cunhada, que tem exatamente a mesma diferença de idade entre Lorenzo e Luna. Qualquer semelhança não é mera coincidência, parece foto do Lorenzo há uns bons anos atrás!
selore1.jpg
Filho de peixe…
selore2.jpg
<< My name is Lorenzo: 11 meses >>

Organizar o tempo

Dizem que quanto mais tempo temos, menos coisas fazemos, e estou acreditando nisso! Não que depois do segundo filho eu tenha mais tempo sobrando, mas estando em casa e não trabalhando fora, achei que fosse administrar as coisas melhor, mas acho que estou um fracasso! Já tentei estabelecer uma rotina pra mim, mas não consigo seguir. A flexibilidade que tenho para ajustar as tarefas e largar pro dia seguinte, ou tirar um cochilo no meio da tarde quando o cansaço bate forte, é muito tentadora, acabo cedendo e bagunçando tudo. Imagine, quando estava trabalhando fora, eu dava conta de muito mais coisas. Os 3 blogs desatualizadíssimos, o meu, da Luna e do Lorenzo.
Como todo ano, hoje comecei a fazer a troca das roupas de estação, tirando as de inverno de dentro dos space bags, e colocando as de verão no lugar delas. Como não tem Brasil esse ano, nem início do ano que vem, posso guardar todas sem dúvida alguma 🙁

5 Anos

Ano passado fiz a festinha da Luna no parque e foi um super caos, apesar de todo mundo ter adorado, e as crianças se divertido muito. Esse ano resolvi fazer em casa, chamar menos gente, e preparar tudo que não consegui na festinha de 4 anos. Desde a anterior eu tinha a vontade de fazer como lembrancinha, um livrinho onde ela fosse o personagem principal que interagia com um amigo, outro personagem, que seria um convidado da festinha. Foram 10 crianças, então um livrinho para cada, que tinha seu personagem com seu nome na historinha. O tema foi chapeuzinho vermelho, Luna era Little Red Riding Hood, e convidava uma amiguinha para ir a São Paulo visitar a vovó. Como disse o Sergio, era um projeto ambicioso, e realmente deu um super trabalho, comecei bem antes para dessa vez, não dar errado. Montei toda a decoração, fiz os sanduichinhos e brigadeiros, tudo saiu como planejado, mas realmente é muita coisa 30 pessoas dentro do apartamento. Depois do sucesso, parecia que um furacão tinha passado pela casa.
Setembro foi bem corrido, por isso mal escrevi por aqui. O mais legal no entanto, foi ouvir dela a cada coisinha nova que eu colocava na hora de arrumar, que tudo estava lindo, e que ela ia ter a melhor festa de todas! Na verdade ficava pensando que eu estava fazendo tudo isso mais para mim, que ela nem iria ligar muito se eu apenas comprasse tudo pronto com o tema que ela escolhesse, mas me enganei, ela reparava sim nos detalhes, e ainda me agradecia por estar fazendo tudo aquilo pra ela.
Foi muito legal, mas como sempre nunca aproveito… esqueço de comer, de conversar, de relaxar, e no fim passa tudo tão rápido que nem consigo direito me lembrar o que eu fiz durante o tempo todo que durou a festa. De qualquer forma, tudo foi lindo, minha filhota adorou, e quando eles ficam felizes, nem tem como a gente não ficar junto. Mas já está decidido, ano que vem a festinha é na pizzaria!
____________________________________________________________
Não conseguimos tirar as fotos com calma antes dos convidados chegarem, obviamente estávamos ainda acabando quando o primeiro tocou a campainha 🙂 Consegui salvar algumas!
Enquanto o bolo está na geladeira, a boneca toma conta do espaço

Uma bexiga amarrada em cada cestinha de palha com chocolates dentro, que também eram lembrancinhas.

Estrela!

Best Cake Ever!

Furacão passou por aqui

Número cinco feito pela mamãe para combinar com a toalha de juta.

A cestinha dos meninos (a das meninas era a chapeuzinho, mas não deu tempo de tirar foto)

Comidinhas

Bamboo para seguir a linha rústica
DSC_3804.jpg
DSC_3799.jpg
Livrinho personalizado de lembrancinha
IMG_9872.jpg
DSC_3668.jpg
DSC_3798.jpg
DSC_3670.jpg
Mesa dos copos, pratos, talheres e guardanapos
DSC_3801.jpg
Oh! The end!
DSC_3716.jpg

Tentação

Dificil não ser consumista nesse país quando as promoções ficam assim, “se esfregando”na nossa cara.
Piperlime.com: 20% de desconto e entrega grátis. Não gostou? Não serviu? devolve pelo correio, grátis também. E entregam no Brasil, tá mole ou quer mais? So precisa saber converter os números, a Luna usa 11 US que no Brasil é +/- 28. Mas se vc pesquisar na internet, já achei números bizarros nessa conversão. Eu por exemplo uso 37BR e aqui 8, raramente 7.5. Já o do Lorenzo, ele calça 3 aqui, mas não faço a mínima idéia quanto é isso no Brasil.
sapatos lindos
Esse cinza com o cadarço de laçinho rosa está o máximo…

Educar, tarefinha difícil

Cansa, precisa paciência, conversa, segurança, e ainda assim nunca sabemos se estamos fazendo certo. Ao menos, estamos tentando, dizer sim sempre é muito mais fácil do que dizer não, por isso a tarefa é árdua, tem que estar a fim de se entregar mesmo, perder tempo, falar mil vezes. Quando me dizem que não sabem como consigo me controlar tanto, não dar umas palmadinhas, não gritar, perder a paciência, sempre me questiono também.
Nunca fui contra palmadas, até ter meus filhos. Lí muito sobre educação, diferentes pontos de vista, e depois fui pelo caminho que meu coração tinha vontade, mas sempre questionando e pensando sobre tudo que já tinha lido, pesando e tirando minhas conclusões. A primeira opinião formada e batida o martelo, era que eu jamais bateria nas crianças. Concordei que bater ajuda a aliviar a minha raiva, minha irritação e não educar. Se fosse assim, quem apanha uma vez, não apanharia mais pelos mesmo motivos. Fico imaginando um filho meu chorando por que eu lhe causei uma dor física. Que direito tenho eu de machucar alguém, quanto mais alguém que precisa ainda aprender tanta coisa e que sou eu a pessoa responsável em lhe ensinar? Pode ser que esse sejao caminho mais rápido para acabar com uma malcriação, mas o efeito é momentâneo apenas. A criança entendeu apenas que se fizer aquilo novamente, vai apanhar, vai doer, mas será que o pai entende porque ele está fazendo aquilo? E se não entender, como é que pretende ensinar por que é errado?
Compreender as limitações das crianças definitivamente ajuda a ter muito mais controle das nossas emoções, da nossa raiva. Por exemplo, esses dias lí que crianças na idade da Luna tem dificuldade enorme em guardar os brinquedos que usam. Eles vão aprender, mas no momento em que estão essa tarefa não é ainda entendida por eles da forma como deveria. Vai adiantar eu, como mãe, querer ir contra e de todo jeito fazer a Luna guardar os brinquedos, criando toda vez uma situação de estress, forçando algo que nesse momento ainda é contra a natureza dela? Saber disso ajuda e muito no nosso próprio conhecimento da situação, e saber como agir sem causar brigas vai ser uma opção muito mais saudável, para ela e para mim. A matéria que lí sobre isso no Baby Center me ajudou bastante a controlar minha frustração na hora de guardar os brinquedos, a melhor opção nesse momento é participar. Nós duas guardando, pois não adianta, ela ainda não está pronta para entender e aceitar o fato de que precisa guardar tudo sozinha, insistir é ficar dando murro em ponta de faca, e dói!
Ser mãe é um eterno aprendizado, e adoro aprender! Adoro ler as dicas que eles dão sobre como reagir nos momentos que a gente se sente meio perdida, na dúvida se estamos agindo corretamente, e apenas absorvo aquilo que vai de acordo com o que penso. Vou começar a colocar aqui no blog, as matérias que acredito serem coerentes, de situações estressantes que a gente passa diariamente, com as sugestões de como agir para deixar tudo mais fácil.
Hoje: Como lidar com as manhas e os chiliques das crianças. Está em inglês, sorry!

A cara do Brasil

Um texto que uma amiga do Facebook publicou, que achei o máximo! Preciso compartilhar, é realmente a nossa cara!
O cara termina o segundo grau e não tem vontade fazer uma faculdade.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
– Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito. Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar…
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:
– Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundeando?
Aos 3 dias, Rodriguez liga:
– Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 9.000,00 por mês, prá começar.
– Tu tá loco!!!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo…
Dois dias depois:
– Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 5.000,00, tá bom assim?
– Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois….Consegue outra coisa.
– Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 2.800,00 por mês e nada mais….
– Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de R$ 500,00, R$ 600,00, pra começar.
– Isso é impossível, Zé!!!
– Mas, por quê???
– PORQUE ESSES SÃO POR CONCURSO. PARA PROFESSOR, PRECISA TÍTULO SUPERIOR, MESTRADO ETC…. É DIFÍCIL…

Irene latiu mas não mordeu

Muito barulho por pouco, melhor assim! Irene chegou bem mais fraquinha por aqui, mas ainda assim causou muitos estragos em New Jersey, amigas tiveram suas casas alagadas, e nós aqui ainda estamos sem água quente, previsão é que chegue agora a tarde.
É legal ver como os americanos e outros povos, aprendem com suas tragédias anteriores, e para não repetir a catástrofe do Katrina e nem o caos da nevasca em NY do ano passado, as autoridades fizeram bem o seu papel. Os avisos em todas as mídias foram muitos, o prefeito mandou evacuar as áreas de risco, arrumou lugares para servirem de abrigos, e aconselhou as pessoas inúmeras vezes a não sairem de casa, estocar água e mantimentos, deixar lanternas preparadas e pilhas carregadas. Nos mercados, as prateleiras de água ficaram vazias, houve fila para entrar, as pilhas sumiram, lanternas também. Apesar de muita gente não ter ligado muito para a preocupação do Bloomberg com o Irene, e ter ignorado as recomendações de evacuar e para os que ficassem, não saíssem de casa, o saldo final foi bem positivo, todo mundo esperava mais, mas nos sentíamos seguros vendo que o prefeito estava se preocupando, cuidando da situação. Muitos acharam exagerado, é que eles nunca passaram pela situação de morar em uma cidade onde há mais de 20 anos, sofre com enchentes, morros deslizam, pessoas morrem, e qualquer coisa que é feita, só fazem depois, nunca antes. Nunca moraram numa cidade onde os governantes desviam dinheiro que foram coletados por doações para reconstruir o estrago feito pelas chuvas, e que impressionantemente não aprendem nunca com as experiências anteriores, todo ano é a mesma coisa, casas desmoronam, pessoas morrem, carros e casas são perdidos, muitas vidas precisam começar do zero. Se eles tivessem vivenciado isso, iriam levantar as maõs pros céus em ter um prefeito “exagerado” e preocupado.
Desde sábado, quando houve a ordem para evacuar, como não estávamos incluídos, ficamos em casa, mas confesso que estava apreensiva, pois estou bem perto do East River. Coloquei Luna pra dormir no meu quarto, já que a previsão era que o ponto mais forte chegaria as três da manhã, colocamos nossa câmera na janela para filmar o que aconteceria lá fora, fizemos nosso estoque de agua e comida, e fomos dormir. Dia seguinte, ainda muito vento, mas aqui na frente a árvore resistiu bem, nossa scooter não caiu, nossa rua não alagou. O Charley que peguei em Orlando, em 2004, foi milhões de vezes pior. Obrigada, Irene.
Irene, da minha janela, durante a noite.

Tremeu

E depois de 12 anos, um atentado terrorista, peguei meu primeiro terremoto em NY. Ainda bem que foi BEM leve, nem se compara a experiência do 11 de setembro, mas deu pra assustar. Estava em casa, colocando água pra Luana, ou seja estava meio abaixada, quando senti tudo mexendo. Achei que estava passando mal, segurei na pia, ainda abaixada, mas estava demorando a passar a sensação e aí olhei para os lados, fiquei em pé e percebi que era o prédio.Nessa hora, bateu o medo, o que fazer? O lugar onde mais me sinto protegida, minha casa, está balançando! Peguei o Lorenzo imediatamente, e desci correndo pela escada. Lá encontrei duas mulheres, com a mesma cara de apavorada que a minha, descendo rapidamente. Lá embaixo, muitas pessoas saindo dos prédios, assustadas, sem saber ainda o que era aquilo. O segurança do prédio, tão perdido quanto a gente, ficou sem ação. Ao nosso lado, 3 mulheres, uma parecia a mãe e duas filhas adolescentes, descalças com cara de medo, como todo mundo, e a mais nova, com mais ou menos uns 13 anos, até nos fez rir, quando se aproximou do segurança, na maior calma e perguntou: “Nós vamos morrer?”
Lembrei então que tinha deixado a panela do arroz ligada, e a Luana lá sozinha. Subi, desliguei a panela, e por lá fiquei, quando vi as primeiras informações que diziam nao haver necessidade de pânico. Falar é fácil, mas quando você se sente assim impotente diante de uma situação tão imprevisível, é realmente difícil raciocinar. Depois de tudo, só sobrou o embrulho no estômago.
Agora vamos aguardar o Irene, que deve chegar aqui, se chegar, no Domingo. Estamos bem pertinho do Rio, acho que vamos ter emoção!

Mommy’s boy

Alguma leitora (e leitor também), saberia expressar a diferença entre ser mãe de um menino e uma menina, a não ser claro, que a troca de fraldas é muito mais arriscada no menino? 🙂
Já tentei responder a essa pergunta várias vezes, sei e sinto que é diferente, mas juro que não consigo colocar isso em palavras, alguem consegue?