DVD’s pelo Correio

DVD’s pelo Correio
Não tem coisa mais irritante do que pagar atraso de locação de um filme que você nem assistiu. Já fiz isso inúmeras vezes, até que descobrirmos o Netflix.
Pagamos $20,00 por mês, e temos direito a ficar com 3 filmes por quanto tempo quisermos.Por exemplo, recebi hoje 3 filmes, assisti os 3 no dia seguinte, e devolvi, assim que eles recebem de volta, já nos mandam os próximos 3 da minha lista. Então a quantidade de filmes que tenho direito por mês é ilimitada, tudo depende da velocidade que assisto e devolvo. Claro que como isso é a solução para que eu não pague mais atrasos, fico com o filme mais tempo que deveria, mas no final das contas mesmo assistindo 3 por mês que seria o mínimo eu estou economizando dinheiro.

Os filmes vêm pelo correio, e você também devolve pelo correio. Demora em média um dia para eles receberem o que mandei e vice e versa. Acho ótimo esse serviço, para ser 100% perfeito só precisava alugar games pra playstation, acho que estou querendo demais né?
Estava pensando como esse serviço seria legal mas inviável no Brasil. As caixas de correios seriam arrombadas com certeza e sabendo-se que ali podem haver vários DVD’s, os ladrões com certeza não poupariam. Mas fica a dica para quem mora por aqui.

Malhação

Uma coisa interessante e que difere do Brasil são as academias de ginástica aqui em NY. Eu frequento a New York Health and Racquet Club, e a primeira coisa que achei demais foi ter toalhas disponíveis para tomar banho após as aulas. Não só toalha, o aparato todo pra um bom banho, tem toalha, shampoo, condicionador e sabonete líquido. Fora isso, tem um aparelhinho que vc poe o pé e ele solta aquele spray antisséptico. Era a perfeita caipira nos meus primeiros dias de academia. Na sauna eu demorei a perceber que aquele rolo de plástico era para usar para colocar embaixo do corpo lá dentro, eu usava sempre a toalha. Depois os saquinhos para podermos guardar o maiô após a natação e até uma mini centrífuga para tirar o excesso de água do maiô para não leva-lo encharcado de água. O piso é climatizado e então nunca está frio. Tem cotonete, cremes, elásticos, etc… Enfim você quase não precisa levar toda aquela parafernália dentro da mochila como eu fazia no Brasil antes de ir pra aula de hidroginástica. Fora a quadra de squash, um esporte que estou tentando me aventurar, cansa pacas mas queima calorias a beça tb.

Nesse verão eles abrirão o sundeck, já que não temos clubes em NY, dá pra pegar um bronze e se refrescar na piscina, apenas indo na academia. Fora o Yatch que eles tem, que podemos fazer um tour pela ilha e um club em uma praia próxima que podemos passar o dia por lá. E isso tudo por $99,00. Uma academia assim no Brasil, não custaria menos de 150 reais. Lembro que eu fazia a Bio Ritmo quando estava em Sampa e pagava uns 110, sendo que não tinha metade do que temos aqui, imaginem a Fórmula, Cia Athlética e Runner, que pelo que eu sei também não tem tudo isso não. A única coisa que fica a desejar, é que aqui não temos os instrutores de musculação à nossa disposição para fazer o programa e nos auxiliar, mudar a programação depois de alguns meses… Aqui só personal trainer. Fica uma pessoa nos orientando quando temos uma dúvida, mas se vc não tem mta experiência com exercícios de musculação e quer ficar sarado, terá mesmo que contratar um personal, que a hora não sai por menos de $85.

FDS ótimo

Esse final de semana foi ótimo, há mto tempo não sentia que aproveitei tanto um sábado. Saí de casa às 13:00hrs e só voltei as 2:00AM.
Fomos comer uma feijoada no Emporium, que dispensa comentários. Depois fomos assistir um filme, Whale Rider, que eu recomendo a todos, é muito bom. Conta a história de uma criança que supera o fato de pertencer ao sexo feminino durante sua luta pela sucessão do seu avô como chefe de uma tribo maori. A atriz é simplesmente MARAVILHOSA. Não sei porque as crianças brasileiras são tão péssimos atores. Um ou outro se salva apenas.
O Legal de NY é exatamente isso, vc sai pra almoçar com uma roupa super casual, e acaba em um bar no village, sem precisar se preocupar em ter que voltar em casa para tomar banho, escolher a melhor roupa e sair. Me lembro uma noite passando em frente ao bares da Faria Lima, e todo mundo vestido como se estivesse indo pra uma festa, e pior quase todos iguais. O mesmo estilo, como se todos fossem uma tribo e se vc estiver num estilo diferente do que está na moda, vc é brega. Se fosse em São Paulo, iríamos ser olhados da cabeça aos pés, mas aqui não, cada um como quiser, sempre. Essa liberdade é que eu adoro.
Fomos no B-Bar & Grill, um bar muito legal, com mesas ao ar livre, e pra complementar, uma garçonete MUITO simpática, coisa raríssima em NY.

Lu de Botas

Atendendo a pedidos, aqui vai Luana de botinha. Essa foto ela deitada é muito cômica porque você deita ela pra colocar, ela fica nessa posição. Aí vc acaba, e ela não levanta. Fica assim, parecendo uma estátua. André e Sthephanie até já a apelidaram de “Luana Arame”, porque do jeito que você bota ela fica.

{Dicas}

{Dicas}
Adoro as entrevistas da Playboy.
Vale a pena ler a desse mês, com o Vampeta.
Falam sobre a copa, as cambalhotas que ele deu bêbado na rampa do planalto, e das provocações em campo, como aquela das embaixadinhas do Edílson. Apesar de não concordar com mta coisa que ele fez ou falou, dei umas boas risadas com a entrevista.

O Lago

Eu adoro ficar olhando o lago do parque, seja no verão, quando tem os pedalinhos, ou no inverno quando ele está congelado, é o local mais disputado pelas pessoas que vem aqui passar o dia.
Estamos acostumados a ver lagos, mas fiquei muito surpresa quando o vi congelado. Em 4 anos que moro aqui só no ano passado eu tive a oportunidade de ver e fotografar. Aí fica aquela dúvida, será que pode andar em cima? Ou será que o gelo vai quebrar? Claro que para os americanos que estão acostumados com isso desde criança, deve ser super fácil saber quando está no “ponto” certo para poder andar com segurança. O que me intrigou é que não havia nenhuma placa, dizendo cuidado, gelo fino. Aí estava andando por lá com a Luana quando ela resolveu andar em cima dele. Deixei só um pouquinho, e como a coleira dela é retrátil, ela avançou um pouco e eu logo a puxei. Nisso a botinha dela grudou no gelo e ficou lá. E pra tirar? Dá-lhe procurar um galho pra tentar puxar a botinha de volta, comecei a jogar a coleira tentando laçar para poder puxar… uma comédia. E a dúvida persistiu, será que eu poderia ter ido lá andando?
Ele inteiro congelado e só o espaço aonde os patos e os cisnes ficam, que estava sem gelo, foi uma coisa que achei super interessante. Aliás esse cisne manda total no pedaço, costumo dizer que ele vem fazer a ronda na fronteira, por que as vezes ele está lá no meio do lago, e de repente vem pra beira, dá uma “geral” e vai embora novamente. Fica super bravo com os cachorros que se aproximam, tem até uma história que um deles no Central Park matou um cachorro que pulou lá para nadar.

Abaixo, as várias fases do lago.



Problems

Estou tendo um problema com os comentários, eles chegam pra mim e não chegam no site, então eu estou tendo que postá-los eu mesma manualmente daqui, caso o que vcs escrevam não apareça na hora, já sabem que é por isso 🙂

Vitrine doida

Arrumando umas fotos por aqui achei essas que foram tiradas no ano passado. Eu estava passando pelo Union Square, quando vi uma galera olhando para dentro de uma loja. Fui lá xeretar. Era uma campanha da Nike, e esse rapaz estava deitado ali imóvel. Fiquei tentando entender o que era, o que significava, tinham uns números e umas instruções para ouvir a história sobre o porque ele estaria tão exausto. Como estava com pressa, fiquei na verdade sem saber da história, se alguém passou por lá e souber, me diga por favor 🙂

Nostalgia

É impressionante como música nos traz a mente alguns fatos que já passaram, tão perfeitamente que parece um filme passando pela cabeça. Música realmente é uma coisa que mexe comigo bastante, às vezes quando fico com saudades do Brasil, boto umas músicas de carnaval alta aqui e me transporto… Tudo bem que a saudade aumenta, mas faz muito bem pra alma! Eu estava aqui agora ouvindo a música “Believe” da Cher, que marcou muito a época que vim morar em NY. Aí vieram a minha cabeça todos os sentimentos, os medos, as impressões daquela época, hoje até que sinto saudades…

O Sergio veio primeiro, e estava morando em um Studio em Upper West Side. Eu vim 2 meses depois, em Abril, precisamente dia 7 de Abril. Cheguei aqui na maior alegria, pô meuuu estou em NY, eu já tinha vindo uma vez, e estava morrendo de saudades. Como ele estava a pouco tempo no Studio e era um sublet, tinham algumas burocracias, por exemplo não tínhamos telefone pq o antigo dono cancelou, e não podiamos abrir uma conta nova não sei pq, nem TV a cabo, ou seja muito menos internet. No dia que cheguei estava ainda super presa ao que tinha deixado no Brasil, meus amigos do trabalho, minha família, então a única coisa que pensava era em mandar um email pra eles, mas tinha que ficar apenas na vontade… O Sergio me pegou no aeroporto, mas logo depois teve que voltar pro trabalho, e eu fiquei alone. Nossa quando me dei conta de que a partir daquele momento, aquela seria minha casa, aqui seria minha vida e essa seria minha cidade, entrei em pânico no mesmo momento.Chorei muito! E aquele frio de abril ainda me deixava mais apavorada, pois eu havia trazido meus casacos mais potentes, e mesmo assim morria de frio! Andava pela rua, achava tudo tão diferente… Olhava o supermercado e aquele lugar minúsculo que nem me lembro mais qual era o mercado agora seria o meu “Carrefour”. Foi realmente um choque aquilo pra mim. Voltava pra casa e não tinha nada pra fazer… nem computador, nem a Globo, só tinha meu Playstation que eu trouxe do Brasil. Ficava o dia todo jogando, esperando o Sergio voltar do trabalho. Sei lá pq eu não saía pra andar pela cidade, acho que eu queria fazer isso com ele no final de semana. Meus dias eram jogar vídeo game, ouvir música, ver a lista de aptos e ficar ligando. Tocava muito Rick Martin também, aquela “Livin la vida loca ” Aliás essa música marcou mais ainda minha chegada, pois me lembro que eu via posters dele em todas as lojas de cds da cidade!

As coisas depois foram se ajeitando aos poucos, mas demorou um bocado para me acostumar com a vida aqui… hj sinto saudades quando NY ainda era novidade pra mim, quando eu andava pelas ruas e não sabia aonde estava, quando descobri que na Barnes and Noble vc podia ler livros a tarde inteira depois fechar e ir embora, e ir aos poucos descobrindo as novidades… Nunca me esqueço da moça do Mac Donald’s que foi meu primeiro contato com o Ingles aqui em NY. Eu fui almoçar e pensei: “Ok não tem erro, peço o número 1 e tá beleza”. Pedi o número 1 aí ela pergunta: What kind of soda? e eu “Soda? Soda no! Coke! Ela olhou pra minha cara como posso explicar… bom quem mora aqui sabe bem que cara foi né? Ok, ela vem com a coca cheia de gelo. Eu falei: “No ice please”, aí ela fala: “Porque não falou antes de eu botar a coca????” ok, eu estava errada, mas no Brasil, a mocinha do caixa iria sorrir e trocar sem reclamar… mas tudo bem, achei que ja estava salva, é so pegar e ir pra mesa. Aí ela vem com uma coisa que na hora pra mim soou como “stérago?” Stérago? Que P*** é isso? Aí falei: Não entendi…. poderia repetir? Ela com uma delicadeza de um elefante mas falando bem devagar como se quisesse me dizer: Vou falar bem devagar pra vc entender sua retardada “Do you want to eat here or you want to take it home?” AAAAAAAAAAAAAAAAH entendiiiiii aqui mesmo obrigada. Depois desse dia eu parei de falar inglês. Traumatizei. Isso pq eu já tinha estudado 7 anos na cultura inglesa e achei que sabia tudinho! Mas quando vc chega aqui é que vê a diferença do que aprendemos no Brasil e o que realmente eles falam. Demorou um tempinho pra eu me acostumar, mas agora não estou nem aí, até brigar em inglês eu já briguei, qualquer dia conto o episódio da negona que se pegou comigo dentro do metrô… patético.