Um dia a casa cai

Dia desses eu lí: após os 35 anos a mulher começa a perder massa muscular, ou seja, mais fácil de ficar flácida. Nunca me preocupei com idade, e como toda mulher do planeta, posso fazer uma lista das coisas que não gosto em mim e que gostaria de mudar, mas duas coisas que tenho que agradecer é ao meu metabolismo, que me permite ser bem despreocupada com calorias, e o fato de sempre parecer mais nova do que realmente sou. Isso deve ser mesmo genética, pois sempre acham que minha mãe é minha irmã, e minha irmã, com 33 anos, parece uma pirralha de 20. O mais legal ainda era quando me perguntavam quem era mais velha eu ou ela, e como sei que ela tem cara de pirralha, isso me deixava bem relax (e ela odiava). Enfim, nunca tive muito cuidados, não sou de usar cremes, de fazer exercícios (apesar de precisar por conta do colesterol) não gosto de maquiagem, não pinto o cabelo, nunca usei cremes para rugas. Há uns 3 anos atrás, quando os primeiros cabelos brancos começaram a aparecer, me recusei a pintar, pois sei que é um caminho sem volta, como não me incomodava, ele continuou como estava.
Como diz o título desse post, a idade também chega para todas, e nesses 2 últimos anos (difíceis por sinal), ela resolveu me dar um oi, percebo nas fotos como mudei. E parece que foi de repente, um dia acordei, e me achei diferente, sem gostar das minhas fotos como antes. Começei a me incomodar com os cabelos brancos, antes inofensivos, e principalmente depois da segunda gravidez, a tal da massa muscular que vai dando bye bye, também começou a me irritar.
Tudo chega um dia, e eu que nunca fui vaidosa, preciso registrar aqui o primeiro dia em que finalmente vou ter que começar a procurar tinta de cabelo (alguma sugestão?) e pensar seriamente no tal do silicone, quem me conhece sabe que isso é um momento histórico. Mas tudo bem, ainda estou na fase transitória, e jajá me acostumo com a nova realidade de finalmente parecer com a idade que tenho.

Mãe, mãe e mãe e mais mãe

Escrevo esse blog desde 2003, já dei inúmeras dicas de Nova Iorque, falei das minhas saudades, revoltas, perdas, conquistas. Depois que me tornei mãe, muita coisa mudou, quando vejo promoções, vou correndo para a sessão infantil. Eventos que procuro, são pensando na Luna, minhas tardes no final de semana, que antes eram nas ruas da cidade, descobrindo vários cantos, coisas novas ea lojas descoladas, hoje gasto em playgrounds, cinema infantil, eventos para a baixinha. Zara agora, me interessa a kids, sem querer aprendi a usar as milhares de roupas que tenho no meu armário e não sentir falta de comprar coisa nova. O que dizer das fotos… no meu picasa o número campeão na parte onde ele contabiliza as fotos por pessoas, MONICA era o campeão disparado. Hoje, Luna já triplicou esse número, e Lorenzo está a caminho.
Estou dizendo tudo isso pois percebo que tenho escrito cada vez menos aqui no blog, e isso acontece por duas razões: falta de tempo, que agora divido entre dois babies, casa, marido e cachorra, e porque tambem percebo que tudo que penso em falar é relacionado a maternidade. Já falei tanto de NY, afinal são 12 anos aqui, que poucas são as coisas que soam como novidade, ou diferente paaara mim. Acho que estou precisando mudar para uma cidade nova, viajar ou variar o “cardápio” motherhood.

Verao, seja bem vindo

Segunda feira começa oficialmente o verão nos EUA, o que significa que as piscinas públicas e as praias abrem. Sim, a praia aqui fica fechada, desde o “labor day” que cai no primeiro final de semana de setembro, até o início do verão, em maio no memorial day.
A cidade nessa época se transforma, eventos pipocam de segunda a segunda, incluindo cinema ao ar livre em vários parques da cidade. As pessoas frequentemente pegam o almoço e vão comer nos parques, sentados na grama ou nos bancos da praça, não importa, o negócio é aproveitar ao máximo esses poucos meses de calor, antes de começar a se empacotar novamente. As mocinhas vestem seus bikinis, e na falta de praia na cidade, vão se bronzear em qualquer pedaço de grama e árvore que encontram pela frente. E que tal almoçar no Bryant Park, ouvindo blues e jazz no piano? mas se não der na hora do almoço, não se desespere, quem sabe no Happy Hour?
No verão, não falta o que fazer na cidade, para quem quer aprender a dançar, nada mal uma aulinha grátis a beira do Hudson. Imperdíveis também são os shows do Rumsey Playfield Concerts no Central Park, que amanhã terá Lady Gaga. Para quem quiser acordar bem cedo, pois os shows são para o jornal matinal da rede de televisão ABC, aqui vai a lista dos artistas até setembro:
May 27 Lady Gaga
June 3 The Go Go’s
June 10 Jennifer Hudson
June 17 Selena Gomez
June 24 Florence + the Machine
July 1 Beyoncé
July 8 Miranda Lambert
July 15 Brad Paisley
July 22 Goo Goo Dolls
July 29 Debbie Gibson/Tiffany
August 5 TBA
August 12 American Idol Top 11
August 19 Taio Cruz
August 26 TBA
September 2 Mary J. Blige
Eventos não faltarão, mais fácil mesmo é faltar pique para acompanhar todos eles!

Bike x Pedestres x Carros

Desde que nos mudamos para Manhattan, mudamos também nosso principal meio de transporte. Estando no Brooklyn, não tínhamos como escapar do metrô, todos os dias. Em 2005, quando morávamos em outra parte do Brooklyn, usávamos o ônibus expresso, e agora o transporte da vez é a bicicleta. Sergio leva e busca Luna na escola com ela, faça sol, chuva ou mesmo neve, lá vão os dois se aventurar pelas ciclovias, munidos de capas, capacete, bota de chuva, e mochila. Acontece que há uma guerra declarada entre elas, os carros e os pedestres. Como em São Paulo, os motoqueiros são odiados, aqui quem assume esse papel, são os ciclistas. Até hoje não entendo, como uma cidade como Nova Iorque tem tão pouca moto e tanta bicicleta. Os couriers, que fazem o papel dos motoboys, entregam tudo pedalando, os entregadores de comida, que são muitos aqui, cortam os carros, sobem nas calçadas, andam na contramão, fazem barbeiragens, e então ganham a antipatia das pessoas, assim como os motoboys de SP ganharam. O ruim, é que os ciclistas legais, que respeitam a lei, acabam pagando o pato, agora a policia de NY está em cima, multando além daqueles que não páram no semáforo junto com os carros, andam fora da ciclovia, ou não respeitam as leis. Está pegando no pé de todos, só esperando uma falha, nem que seja mínima. Agora pasmem com a estupidez da polícia, ela simplesmente parou o seu carro em cima da ciclovia, e começou a multar os ciclistas que estavam fora dela, mas o detalhe é que eles estavam fora dela justamente pra desviar do carro deles que estava ocupando o espaço onde eles deveriam estar. Precisou que alguns mostrassem a eles a incoerência para que pudessem então colocar a viatura do outro lado da rua. Dã!
Os pedestres não prestam atenção, e eu me incluo nessa, sempre esqueço de olhar se vem bicicleta e invado a ciclovia quando estou aguardando o sinal abrir. Como pedestre, odeio os ciclistas de delivery, como ciclista odeio os pedestres. Carros, parecem não saber que ciclovia é para bicicleta, param, estacionam, e trafegam por elas. Os taxistas fecham, os ônibus amedrontam, os pedestres dão sustos, e pedalar vai ficando perigoso. A cidade tem investido bastante na criação desses espaços exclusivos, mas ainda falta muito respeito da parte dos motoristas para que elas realmente possam cumprir sua função. Já existe até um site onde os ciclistas podem colocar, anonimamente, fotos de infrações juntamente com a placa do infrator.
Nesse verão, eu já planejava pedalar levando o Lorenzo na cadeirinha, já que em vários países da Europa os pais já levam junto assim que eles conseguem sentar (ele só andou de bike na minha barriga, como mostra a foto abaixo). Resolvi da uma espiada na lei, já que estão a fim de faturar aplicando multas e descobri que aqui, só pode estar na bicicleta como carona, crianças a partir de 1 ano de idade, dançamos. Entre outras coisas, descobrimos que buzina é obrigatório, e luzes a noite também. Crianças menores de 14 anos são obrigadas a andar de capacete, e pedalar na calçada é proibido, a não ser que seja criança menor de 12 anos e a bicicleta de aro menor que 26. Veja mais regras aqui.
Acho que nesse verão, terei que me contentar mesmo em ser pedestre, e lembrar de prestar atenção, principalmente na ponte do Brooklyn, onde as bicicletas tem seu lugar exclusivo, mas os turistas desavisados e embasbacados com a vista, não percebem que estão no lugar errado, e levam inúmeros gritos de “excuse me”, “bike lane” dos ciclistas enfurecidos.

Ser mãe em NY

Feliz dia das mães atrasado para todas as leitoras mamães desse blog! (comecei a escrever no dia das mães, mas só acabei hoje, sorry!)
Ah, ser mãe não é uma tarefa fácil não, e pela minha experiência, a parte mais difícil e delicada dessa jornada, sem dúvidas, é a educação. Como é difícil tentar fazer o certo, saber se o que julgamos ser o certo, realmente é a melhor opção e quais as consequências futuras, mas tenho certeza que a todo momento estamos sinceramente tentando acertar e fazer o melhor.
O cenário que sempre me imaginei mãe, foi no Brasil. Sonhei em ver meus filhos frequentando a casa dos avós nos almoços de domingo, arrumando a mala deles e o porta – malas do carro para passar o final de semana na praia, com os amigos e uma cervejinha gelada, deixá-los brincando lá embaixo com os amigos do prédio, passar a manhã de sábado na piscina, chegar do trabalho e encontra-los prontos para jantarmos, porque alguém já teria feito a parte chata de arrumar a casa, cozinhar, e organizar a bagunça. Assim poderíamos, antes de dormir, contar historinhas sem a pressa de depois ter que ir arrumar as coisas (louça suja, roupa suja e etc) para não acumular pro dia seguinte, e ainda conseguir dormir cedo para não ficar um zumbi no dia seguinte. Também sonhava em ver meus filhos com um uniforme das escolas que eu admirava na minha infância, encadernar seus livros e conversar com o “tio da perua” que viria trazê-los em casa todos os dias. Ter direito a fila especial quando grávida no banco, supermercado, e ter o parto em um hospital confortável, com quarto privativo, e enfeitezinho de maternidade na porta, cheia de cuidados e bom atendimento, e companhia durante a noite inteira.
Aconteceu que fui mãe, como eu sonhava, mas com um cenário completamente oposto. Não vamos na casa dos avós almoçar, eles só se encontram no máximo 2 x ao ano, e perdem a maioria de suas gracinhas. A praia é só de avião, ou então de trem, sem direito a porta malas cheio, com direito a agua gelada, que nem consigo entrar para um mergulho, nem cervejinha gelada olhando pro mar. Nada de ajudante diariamente, arrumo a cozinha, faço o jantar, dou banho, arrumo o banheiro, arrumo o quarto, lavo roupa, durmo tarde e acordo cedo. Todo dia escolho uma roupa para ela ir a escola, onde ela vai de bicicleta com o pai, todos os dias. Se o trajeto é feito de carrinho, é no braço que carregamos escadas abaixo. A gravidez ou bebê de colo não me dá preferência em nada, a não ser no metrô que algumas pessoas oferecem seu lugar para eu me sentar. O parto foi em hospital com quarto dividido, atendimento que deixa muito a desejar, e sem companhia durante a noite, pois no quarto dividido isso não é permitido.
Como estou fazendo o exercício de ficar feliz onde estiver, me desapegar das minha idealizações e esperar que tudo saia como imaginei, tenho que dizer que ser mãe em NY é também poder andar com seu filho sem a preocupação em cada esquina que alguém poderá te assaltar, levar seu carro com seu filho dentro ou ele levar um tiro de bala perdida. É poder dar uma qualidade de vida melhor, com tantas opções de lazer gratuita na cidade, acesso a cultura com muito mais facilidade, possibilidade de conviver com tantas pessoas de culturas diferentes, economizar em escola, já que aqui a escola pública realmente funciona e é boa. É também poder comprar roupas, sapatos e brinquedos sem ferir tanto o orçamento doméstico, poder comprar mais livros, viajar mais barato, e andar a pé pela cidade inteira.
Ser mãe é muito bom, mesmo que você ouça mais de 500 vezes por dia aquela voz que nunca cansa, te chamando “mamaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae” . Mesmo que seu sono nunca mais seja o mesmo de antes, que vá demorar muito ainda para você consegui ficar na cama até que tenha dois digitos antes dos dois pontinhos do relógio, e que você tenha mais prazer em ir a uma festinha de criança barulhenta do que ir a um barzinho badalado. Só a gente consegue entender como apenas um sorriso, e um “I love you mommy” tem a capacidade de fazer tudo isso ser possível.

Luna pegou essas sacolas de presente que temos em casa, fez um desenho e colocou dentro de cada uma, para me dar de surpresa de presente do dia das mães. Linda…
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BREAKING NEWS

E Osama finalmente foi capturado, após 10 anos de busca. New York comemora, Washington também, mas tenho medo. São 1:40 da manhã aqui e o povo está nas ruas, celebrando, enquanto fico pensando o que vem por aí, depois da morte do terrorista mais procurado da história. O que não sabemos é se finalmente o terror vai acabar, ou se apenas vai piorar. São em torno de 10 mil pessoas mortas nesses 10 anos desde 9/11:
– 2,735 civis no World Trade Center
– 87 passageiros e tripulação a bordo do vôo 11 da American Airlines
– 60 passageiros e tripulação a bordo do vôo United Flight 175
– 343 bombeiros e pessoal de resgate
– 23 policiais
– 47 trabalhadores do Port Authority
– 37 policiais do Port Authority
– 36 passageiros e tripulação a bordo do vôo 93 da United
– 65 passageiros e tripulação do vôo 77 da American Airlines que bateu no pentágono
– 125 pessoas que morreram dentro do pentágono com a colisão
Fora isso, na guerra que Bush começou à caça de Bin Laden, já foram em torno de 5900 mortes de soldados americanos na guerra do Iraque e Afeganistão. Essa página no Washington Post, mostra cada um dos soldados mortos, local da ocorrência, idade (o que choca, a maioria 20-25 anos), cidade natal, e detalhes do incidente que culminou na morte de cada um deles.
Obviamente nós que vivenciamos os ataques, nos sentimos felizes com a captura de Bin Laden, ainda mais quando lembramos tudo o que vimos naquele 11 de setembro, mas lá no fundo, fica a pergunta, será que tem mesmo o que se comemorar? Veremos as cenas dos próximos capítulos, que esperamos que seja com um final feliz.

Um cineminha

Há 4 anos e meio que a frequência com que vamos ao cinema caiu drasticamente. Talvez desse para contar nos dedos as vezes, e para quem ia praticamente quase toda sexta feira, é uma mudança radical. Tudo bem vai… tem o Netflix! Que beleza, assim fico atualizada com os filmes… haha até parece. A hora que estou livre para assisti-lo, caio no sono antes da metade.Não que já não fosse assim antes, mas ao menos na metade eu chegava 🙂
O bom é que agora com Lorenzo, tenho opções durante o dia. A versão do Cinematerna do Brasil não é assim tão variada, mas dá essa possibilidade às mamães e babás que querem assistir ao filminho, sem tremer de nervoso caso o bebê resolva chorar bem no meio.
O Sunshine oferece sessões especiais que podem ser checadas no site, essa semana são dois filmes disponíveis, as 13:00hrs. Existiam outras opções de cinemas fazendo o mesmo, porém, não consegui confirmar se ainda estão funcionando.
Para quem curte um cineminha com as crianças já crescidinhas, anote na agenda, dia 4 de Junho, o Brooklyn International Film Festival, vai acontecer no descolado bairro de Williamsburg
As “crianças” entre 8-15 anos, apaixonadas por cinema, agora podem experimentar como é escrever, criar um curta e stop motions. Para ficar bem conveniente, se você não tiver como levar seu filho, eles atendem a domicílio, e levam os equipamentos até sua casa. Essa indústria de cinema aqui não dorme mesmo no ponto hein?

Lixo bom

Parada obrigatória da minha mãe quando esteve aqui: a salinha do lixo do prédio. Entre diversas coisas em bom estado que os americanos jogam fora, algumas a gente ficou sem entender a razão. Calça da Gap ainda com etiqueta, vestido da Victória Secrets que ainda está no catálogo nos deixavam curiosas, por que será que estavam no lixo? Toda semana ela subia com um saco cheio de roupas, e lá encontrava coisas em ótimo estado da Guess, Polo e até DKNY. Fazia a seleção e reciclava o que não queria.
Como aqui as coisas são baratas, o consumo um pouco exagerado, e o espaço pequeno, fica difícil acumular aquelas coisas que não usamos mais, mas que temos dó de jogar fora. O mercado de usados é difícil, como o novo já é barato, vender um usado dá trabalho e não compensa. Me lembro que há uns anos atras, quando decidia fazer uma faxina no meu closet, pegava as roupas, colocava num saco e deixava na calçada com um aviso “free clothes” e em minutos a sacola era devorada. É comum achar no lixo, televisões que funcionam, carrinhos de bebê, e outras coisas grandes que ficam ocupando espaço em casa, mas imagine a dó de pegar um deles, e simplesmente colocar no lixo ainda funcionando, apenas porque trocou por um modelo mais novo, ou seu bebê já não usa mais? Doação é outra dificuldade, o Salvation Army por exemplo, agenda um dia para vir buscar, mas não é tudo que eles aceitam, e da última vez que liguei, a espera era de 2 meses. Depois de tentar vender minha HDTV 42″ Projection TV por 150 dólares, sem sucesso, resolvemos anunciar na popular craigslist.org para doação. Recebemos mais de 100 emails, e ficamos felizes em ver que a pessoa que escolhemos além de simpática, realmente necessitava dela.
Há uns dias, descobri um grupo de reciclagem, o Freecycle. As pessoas oferecem suas coisas, e quem se interessar, manda um email e torce para ser o escolhido. Normalmente escolhem por ordem e chegada do email, então o segredo é ser rápido. Tem de tudo, brinquedos, roupas, alimentos, ferramentas, e até vestido de noiva, sem uso, eu já vi anunciado (fiquei imaginando a história do vestido). Assim que comecei a receber os emails, vi uma pessoa doando um bouncer, aquela cadeirinha mágica para o bebê brincar e dormir. Escrevi imediatamente, e a tarde o marido foi buscar. Em perfeito estado, lavei o tecido e ficou nova, Lorenzo amou. Despachei também uma caixa de roupas da Luna, e o rapaz que veio buscar, ainda me trouxe bombom de chocolate branco, parece até que conhecia minha preferência. Fiquei ainda mais satisfeita quando a mulher dele em mandou email ao abrir a caixa, dizendo que amou as roupas, e que além de bem conservadas, eram lindas, e que ela se sentiu abrindo uma caixa de presente de natal. Fica aí a dica.

Mommy e os babies

Eu em 2007 com Luna, e em 2011 com Lorenzo.
My Babies
Eu com Luna 2007______________________Eu com Lorenzo 2011
Luna começou a dormir a noite inteira, com 5 meses, Lorenzo com 3.
Ele toma ainda leite do peito, ela tomava fórmula.
Ela tomou a BCG no Brasil e ficou com marquinha, ele não vai tomar.
Ela passou seus primeiros 4 meses de vida no Brasil, com a avó e o calor. Ele passará em New York, no maior inverno dos últimos tempos, e apenas o primeiro mês com a vovó.
Ela tinha as bolinhas na pele (brotoejas) devido ao calor, ele tem eczema agravado pelo frio.
Ela nasceu com cabelo, ele nasceu careca meio moicano.
Ela mal usou babador, ele usa muito, pois tem refluxo.
Com ela não usei óleo Johnson, ele já estou acabando com o primeiro potinho.
O parto dela foi totalmente filmado, o dele não deu tempo.
Os dois me fizeram sair de casa no dia do parto, no mesmo horário, as 9 da manhã.
Ela ganhou o blog dela aos 3 meses, e Lorenzo também!
Os dois fazem a minha vida MUITO mais feliz.

O segundo filho

dois filhos
Sempre que pensei no segundo filho, me perguntava se iria amá-lo como amo a Luna. Parece que com toda mudança que passamos no corpo e na mente durante a gravidez, nosso coração também fica maior. Também sabia que seria bem diferente que o primeiro, e como foi. A gravidez passou voando, os sintomas não eram mais novidades, a emoção e o medo do primeiro ultrassom também não foram iguais. Não teve também a preparação do quarto, as inúmeras leituras sobre cada fase do bebê, parto, amamentação, pesquisa de inumeros produtos de bebê, nem compra de roupinhas (ganhei todas). Não sabia a sensação que teria quando ele chegasse, nem como a Luna reagiria, mas ainda bem que ciúmes não rolou até agora, ela ainda está empolgada, quer pegar beijar toda hora, e o chama de “meu bebê”. Até pra Luana, não foi novidade, me lembro que quando cheguei com o bebê em casa (Luna) ela ficou super agitada, querendo saber que barulho era aquele que vinha do berço, queria cheirar, e até tentou carregar como se fosse um dos brinquedinhos dela. Pro Lorenzo, nem tchum, só uma cheiradinha e pronto.
Nos primeiros dias, comecei a estranhar, fiquei com a impressão que de repente a Luna, meu bebê, estava enorme, já falava tudo tão bem, com tanta desenvoltura. Agora tínhamos mesmo uma família, são DOIS filhos, DOIS! As pessoas não perguntam mais como está a Luna e sim, como estão as crianças, e percebi como a gente acha que não tem tempo, mas na verdade, com um filho só eu tinha muito tempo e não sabia.
Na hora do banho, sem medo, segurei firme e forte, me senti uma P.H.D nessa tarefa. Os gemidos e choros, não me assustam mais, nem tenho problema em deixa-lo chorando enquanto faço minhas necessidades tranquilamente no banheiro. Não o estranhei tanto, parece que o tal do “bonding” veio mais rápido do que veio com a Luna, afinal ele não mudou minha vida tanto assim. Com a chegada dele aqui eu já estava acostumada a acordar cedo, a me preocupar com outra pessoa mais do que comigo, a lavar bem mais roupas, a não sair mais sozinha sem preocupação, e nem sabia mais o que era dormir um sono profundo. Tudo foi mais fácil, mas tenho que dizer que ainda acho esquisito ser mãe de um menino. É diferente, não sei como explicar, mas é. Da mesma forma que o Sergio acha que ser pai de uma menina permite coisas que ele sabe que não serão iguais com o menino, eu também acho que o “bonding” da mãe com o filho homem é diferente. Pode ser que eu mude de idéia e sentimento quando eles crescerem, mas aqui em casa pelo menos, eu já sou para a Luna, a mãe chata e o pai é “cool”.
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