As Grandes

Eu ando um pouco decepcionada com o atendimento de algumas empresas no Brasil. A Tim é a líder. Vejo que o suporte não entende nada, eles não fazem questão de te ajudar, falam coisas absurdas, não tem o mínimo de treinamento técnico a não ser o que está escrito no guia básico de atendimento deles e ainda desligam o telefone na cara fingindo que a ligação caiu.
Começo a perceber que esse tipo de atitude está tomando conta das empresas grandes aqui no Brasil. Antes todos faziam questão de manter o cliente, hoje as grandes corporações não fazem mais questão. Estou optando pelas pequenas. Tudo que é grande está com aquela mentalidade americana: “Rapido, satisfatório, sem muito trabalho, não gostou, problema seu”. Ontem marquei limpeza de pele na Onodera, que é uma clínica de estética com várias filiais. Fazem de tudo relacionado a isso, tudo e mais um pouco. O resultado é: “são grandes, precisam ser práticos, rápidos (para atender maior nº de pessoas) e a qualidade acaba indo pro beleléu. O lance é escolher aquela esteticista que tem seu consultório pequenininho e faz questão de atender bem os seus clientes (que não são tantos como o da grandona), que dá uma atenção especial, e não te faz sentir que você está numa fábrica de estética. Hoje é assim que sinto, tudo meio robotizado, corrido, industrializado, mal feito, impessoal.

O Eleito

O produto da vez, que eu direi: “Como eu vou viver sem?” foi o suco de morango Del Valle. Cada vez que venho me vicio em algo, a última vez foi o mesmo suco, mas de Uva, aí eu tentava achar algo parecido nos EUA, mas os sucos da Welchs não chegam nem perto. Ai que tristeza pensar que minha temporada de comidas deliciosas, escondidinho, churrasco, amor aos pedaços, bicho de pé, pão de queijo, pastel, carne de sol, pizza decente, está com os dias contados. Voltarei a pensar todo dia o que quero comer, concluir que o que quero não tem, e então escolher uma comida mais ou menos, apenas para sanar a fome, e não por comer por prazer. Isso é aterrorizante!
Estou na contagem regressiva, e todo lugar que vou agora, soa como despedida. Esse sentimento ambíguo de querer voltar e estar com saudades de casa, mas sentir um frio na barriga em pensar que estou indo embora, me acaba. Agora é chegar em casa, organizar a vida, retomar minha rotina, e procurar a melhor solução para Luna e minha volta ao trabalho.
NY, até semana que vem!

EUA é aqui

Jajá a gente nem precisa mais ir pros EUA, estando em SP estaremos quase lá. Tudo escrito em inglês, as lanchonetes Apple Bee’s, Burguer King, e o café Starbucks. Enquanto nós que moramos lá, queremos comer a nossa maravilhosa comida, tomar nosso magnífico café. Incrível.
As vitrines dos shoppings cada vez mais aderem ao inglês para se mostraem modernas e de alto nível. Péssimo, deveria ser proibido. Como pode a geladeira que minha mãe comprou AQUI no Brasil estar tudo escrito em inglês? Como ela iria saber que na gaveta “Extra Cold” é onde ela deveria guardar as coisas que precisam de mais refrigeração? E a embalagem do presente da Casa das Cuecas? onde você deve abrir está escrito “open”. NAO NAO NAO, isto não pode estar certo. Nos EUA já não é certo tanta coisa escrito em espanhol e chinês, mas ao menos há uma razão “lógica” devido ao alto índice de pessoas que só falam essa língua. Mas aqui? quantos americanos morando aqui? É só firula mesmo, essa mania horrível de brasileiro achar que tudo que é americano é de melhor qualidade, e dá status. Quando iremos perder esse complexo de inferioridade, e ver que o que está “in” hoje é abrasileirar!

foto 1 – Não podia ser “cuidados naturais” ou algo do gênero?
foto 2 – Só faltava ser em Fahrenheit

foto 3 – Os emprendimentos imobiliários são os campeões
foto 4- “Centro Automotivo” iria bem

back in sampa

Lar doce lar! back in Sampa e algumas constatacoes rapidas:
– vou engordar, essa comida eh fantastica
– quantos edificios residenciais sendo construidos!
– a Luana nao gosta de passear aqui nas ruas, sai, faz xixi e quer voltar.
– os precos de tudo estao ABSURDAMENTE altos
– consigo ter uma vida bem melhor com meu salario nos EUA do que aqui.
– eu amo ter carro de novo
– como as pessoas sao simpaticas!
– nada melhor do que falar portugues
– nada pior do que ter medo de ser assaltada a cada farol, e quando chegar em casa, dar gracas a deus.

CHUVA

“April Showers Bring May Flowers” e assim que está o tempo… chuvoso. Ontem até neve caiu, em pleno Abril! Mas voltando pra casa dia desses, estava no ônibus quando aquela cena toda me lembrou SP! Trânsito, chuva, 23 de maio. O cenário era perfeito, pena que o destino final era Brooklyn e não Chácara Santo Antônio. Vejam as fotos, e concordem comigo, não daria pra dizer que eu estava em pleno caos da chuva na 23 ou na marginal? Fechei os olhos e me transportei pra lá, super saudosista.



COMO PODE…

Essa mulher que roubou um pote de margarina, desempregada, está presa desde Nov/2005.

Eu não entendo…

Político rouba milhões, ladrões roubam carro e mês que vem estão na rua, e porque ela ainda está lá?

Injustiça todos sabemos que existe, mas quando vejo uma coisa como essa eu penso, gente onde esse mundo vai parar?

Ê SAUDADE, QUE BATE NO MEU CORAÇÃO!

Tem momentos que ficamos mais sensíveis, a TPM que nos diga. Meus momentos mais sensíveis em relação a falta que sinto do Brasil, são em épocas de festas e carnaval ta chegando. Eu amo carnaval, a alegria, bagunça, o feriado. Passei 4 carnavais em Olinda e é uma das coisas que me deixam triste quando penso no que perdi saindo do Brasil. Claro que mesmo estando lá, eu não iria pra Olinda todo ano, mas só o fator “carnaval-feriado-viajar-verão-curtir” me deixa saudosista e de baixo astral quando estou aqui. Me lembro quando eu ainda estava lá, tão gostosa aquela sensação de ficar esperando esse feriado chegar, planejar a viagem, arrumar a mala, pegar o carro (que saudades do meu carro) e descer a serra. Ou então reservar as passagens, ir pro aeroporto, e no avião já ir imaginando o que os 4 dias que vem pela frente, estariam me reservando. Como nesses dias que antecedem essa data eu fico nesse estado, evito até olhar fotos do Brasil, senão choro mesmo. A cabeça fica totalmente lá e com a Globo Internacional ainda, eu fico vendo as propagandas, preparativos, o noticiário… AI AI AI. Até do trânsito da imigrantes eu tenho saudades essa hora.

Mas para vocês que PODEM aproveitar, Olinda é uma ótima opção. Eu amo aquele carnaval, nunca vou me esquecer do primeiro, em 1996 que era uma homenagem à Alceu Valença e trechos de suas músicas estavam espalhados pela cidade nos estandartes nas ruas. Não tem abadá, e sim fantasias criadas pelo próprio povo, muito criativas e também nem tem tanta gente bonita como o carnaval de Salvador, mas eu não vou pra lá pra ver gente bonita, vou lá pra ver gente alegre, que sabe se divertir, tem criatividade, e pra ver todo tipo de gente junta na rua, pulando, se divertindo, tendo ou não dinheiro, estão todos aproveitando da mesma maneira, sem regalias. As diferenças ficam nas estadias, se você tem uma grana boa, fica em uma pousada com todo conforto, ar condicionado e com a facilidade de poder ir ao banheiro quando quiser, deitar quando cansar sem precisar ficar longe do burburinho. Quem aluga casa em Olinda, (normalmente ficam mais de 20 pessoas juntas) também tem algumas mordomias como o banheiro e o descanso, mas está arriscado a chegar em casa e ver alguém dormindo no seu colchão, o banheiro nem tão limpo como deveria, o ventilador sem dar conta do calor, mas dependendo do seu estado, quem vai ligar pra isso? São 4 dias intensivos de carnaval na sua porta, e se Osama explodir os EUA inteiro, você não vai nem ficar sabendo, aliás, saberá por noticias vindas daqueles que não alugam nem casa e nem pousada, ficam no “indo e vindo” de Recife todos os dias. Essa é a opção mais chata. Se vem de ônibus, demora, está lotado e tem que andar pra caramba pra chegar e sair. Se vai de carro, não há lugar pra estacionar, o risco de detonarem seu carro é grande e depois, tem que controlar a bebida né! Taxi é uma opção, mas é caro, e também há uma boa ladeira pra chegar até a muvuca. Já fiz os dois, indo e vindo e a pousada, e claro, não preciso nem dizer o quanto é melhor ficar na pousada. Era divertidissimo, no final da noite, achar que ja tinha me divertido o suficiente, e de repente, passar um bloco animado e sair correndo atras, me enfiar no meio da galera suada, pular pular, cantar e voltar pra pousada, pra sentar no terraço, beber e ficar observando o fim da festa. Era o momento mais engraçado, onde o pessoal estava indo embora chapado e falando as coisas mais engraçadas do mundo (já viu gente mais criativa que nordestino pra falar besteira?).

Bom preciso parar, já imaginaram o quanto eu tive que reviver pra escrever esse post? Imaginem meu estado emocional. Quem puder, vá e divirta-se por mim, seja em Olinda, na praia, no campo… em qualquer lugar. Longe do trabalho e dos problemas.

BESTEIRAS

Hoje conversando com a minha mãe, ela comentou sobre meu primo Eduardo, que mudou de Recife para o sul há pouco tempo. Me contou um resuminho da conversa, que ele estava feliz por ter renovado o contrato de trabalho, e a seguinte frase dele pra ela, ficou parada aqui no meu pensamento: “Sabe, eu sinto falta das besteiras do pessoal lá de Recife, o povo aqui é muito sério”. Engraçado que nós temos muito desses pensamentos em comum e essa frase foi mais uma dela, caiu como uma luva pra descrever muita coisa que eu tento e nunca consigo. Eu sinto falta das besteiras do povo do Brasil! Lembro que sentia a mesma coisa quando eu ia pra Recife e voltava pra São Paulo, sentia falta de algumas besteiras que lá pareciam ser mais “desenvolvidas”. Acho que ele sente essa diferença de Recife pro Sul, como eu sinto do Brasil pros EUA. Talvez, muita gente não vá conseguir entender o que eu e ele estamos querendo dizer, talvez isso fique mais claro, para quem tenha o mesmo espírito que nós e que tenha vivido em locais bem distintos e com culturas diferentes também, mas resumindo tudo, é isso mesmo, o Dú conseguiu traduzir um sentimento que eu não conseguia explicar muito bem… eu preciso das besteiras!

Como vocês já perceberam, eu amo o nordeste, eu adoro o jeito do povo, eu gosto do jogo de cintura, e até um pouco daquela malandragem, mas o que gosto mais mesmo é do sotaque, “hein-hein que coisa már linda”. Acho fofo quando você conta uma história, fala, fala, no final eles respondem assim, “e é?” tem o “eita…” “foi merrmo?”

Adoro as sacadas rápidas, as brincadeiras, as coisas engraçadas que eles falam, as besteiras, que pra eles já são tão normais, que me acham uma retardada quando fico rindo dessas coisas, como se fossem as mais engraçadas do mundo. E pra mim é. Por isso que digo que minha alma é pernambucana, meu espírito é de lá e eu não tenho dúvidas disso. Eden, meu outro amigo de Recife, me mostrou a foto de um apartamento, que a vista tinha o mar de Boa Viagem… quando vi aquela foto, parece que me transportei pra lá e pude sentir tudo de bom que aquela cidade tem. Os coqueiros, as barraquinhas da praia, o maracatú, o carnaval de Olinda, os amigos, o forró, as ladeiras… e meu Alceu Valença que traduz tudo isso que sinto e digo, nas letras de suas músicas.

Momento nostalgia, às vezes faz bem.

besteira.jpg

IMAGEM É TUDO!

O Brasil está cheio de profissionais desempregados, todos sabemos, mas acabei de ter uma experiência vendo o outro lado da moeda. O escritório onde estou trabalhando tem uma filial no Brasil e estamos contratando pessoas para produção na área de Internet. Anunciei no click jobs, para vaga de Produtor de Flash. Com o “boom” da Internet, essa profissão cresceu muito, muitos profissionais surgiram muito rápido e muitos também entraram no mercado de gaiato.

De 100 currículos, sinceramente, nem 10 prestam. Alguns mandam o currículo com tom humorístico, do tipo “pretensão salarial: menos que R$2000,00 nem converso, mais que 2000,00 podemos começar a conversar”. Fala sério, você está procurando emprego e coloca uma coisa assim no seu currículo? Uma outra manda o email e no sender do email ela deixa o nick dela “fulanadoida”. Sim, ela colocou o nome e o “adjetivo” logo em seguida. Outros mandam currículos com URL errada, você clica e não acha a página, ou htmls com problemas.

Um deles até gostamos, chamamos para entrevista, conversamos ao telefone e estávamos quase contratando, só faltava marcar um teste. Quando a pessoa no Brasil nos mostrou um trabalho que ele disse que havia feito no Photoshop, juntando imagens que capturou na web, na mesma hora vimos que seria impossível, devido ao nível de perfeição. Resolvemos averiguar melhor e percebemos que no site que ele apresentou, enquanto carregava o flash, tinham alguns números que pareciam ser de um telefone americano. Procuramos por esses números na internet, encontramos o número e era mesmo de uma empresa aqui nos EUA. Clicamos no link e adivinhem: o site que ele nos apresentou dizendo ser dele, era a cópia de uma outra empresa. Tudo copiadinho, menos o texto, que ele modificou para mostrar que estava em construção, afinal a URL que ele nos apresentou era um diretório dentro do site dele. Enfim, desemprego tem, mas falta de profissional também, e muito.

Estamos com a maior dificuldade em encontrar alguém qualificado, que tenha responsabilidade e comprometimento. Parecem 3 qualidades básicas e fáceis, mas não conseguimos achar nenhum até agora. As vezes você acha um super qualificado, mas impressionante, parece até que os melhores são os mais descompromissados. Não cumprem prazos, desaparecem… sabe aquela praga de pedreiro e pintor que sempre somem quando você mais precisa? Largam o trabalho no meio sem dar satisfação? Não atendem o telefone quando você liga? Essa praga parece ter passado para os programadores. Fora que também acabaram sendo contagiados pelo “estrelismo” esse mal do qual algumas pessoas famosas sofrem.

Eu me pergunto, será que foi porquê o mercado cresceu muito rápido, e por falta de profissionais experientes, pessoas muito jovens (alguns com 16 anos) se especializaram e começaram a ficar com bastante conhecimento em um mercado novo, sem muita gente para ditar o que estava certo e errado? Assim iam adquirindo muito conhecimento técnico, viravam pequenos gênios, mas não tinham nenhuma experiência profissional, onde você aprende as regras básicas de um ambiente de trabalho, compromisso, relacionamento, etc? I-N-C-R-Í-V-E-L!

Sempre que mandei meu currículo, tentei deixá-lo o mais profissional possível, tomando cuidado desde o que escrever no assunto, qual conta de email usar, até checar muito a gramática e testar todos os links quinhentas milhões de vezes. É a minha imagem!!! e normalmente a primeira impressão é a que fica. Tanto que desses trocentos currículos que recebemos, acreditem, apenas UM, veio com um design legal, mostrando que a pessoa teve ao menos a preocupação de se destacar dos demais, de alguma forma.

Enfim, profissionais bons e de confiança está dificílimo. Por indicação ainda acho a forma mais segura de se contratar alguém. Aliás como estamos falando disso, vocês devem concordar que a profissão que mais se exige confiança é a da pessoa que entra e trabalha na sua casa. Escolher uma diarista, babá, cozinheira, motorista etc deve ser a coisa mais difícil do mundo. Pois então, aproveito meu espaço para indicar uma pessoa MARAVILHOSA que faz a limpeza na casa da minha irmã. Imaginem ter alguém na sua casa que limpa tudo com o maior capricho do mundo, é simpática, prestativa e ainda por cima de completa e total confiança. Boto minha mão no fogo por ela, que não tem essa história de sair às 5:00 em ponto. Se não deu tempo por algum motivo, ela fica até acabar o serviço, sem pressa, o importante é fazer direito. Profissionais assim MERECEM ser indicados! Faço questão! Quem quiser pode ligar pra ela, seu nome é Margareth e o telefone: 5528-4753. Quem também tiver alguém para indicar, que confie e goste do serviço, não deixem de divulgar! Parece fácil achar alguém, difícil é o “depois”.

Está chegando a hora

Eu posso dizer que fui abençoada nessa estadia no Brasil, quase deu pra compensar todo o tempo que fiquei longe das praias esses anos todos. Foram 18 dias em Maceió com todos os dias fazendo muito sol, o único dia que choveu eu estava em Porto de Galinhas onde estava um sol “danado”.

Agora no carnaval, eu estava até com poucas expectativas. Sempre chove e ainda mais no litoral norte. Fui para Maresias e para surpresa geral, todos os dias o sol apareceu e melhor, apareceu bem, num céu super azulado, de poucas nuvens. Aproveitei MUITO, tirei muitas fotos, conheci muita gente legal, enfim, não posso reclamar desses últimos meses que passei aqui. Matei saudade de quase tudo, da comida, amigos, praias, família, dirigir carro, cachorros e até da rotina, mas já está na hora de voltar. A saudade do marido é grande, da minha casa e até do frio. Estou acabando de resolver as pendências que me fizeram ficar e dia 24 devo estar voltando para casa. Lá terei também mais tempo e disposição para voltar com tudo para o blog, que confesso, abandonei bastante durante esses meses. See ya!