Que Zona!

spacebag.jpgNunca tive tanto casaco e blusas de frio como agora, e olha que eu morava em São Paulo hein… enfim, agora não há armário que consiga guardar roupa de verão e inverno.

Pra resolver esse grande problema, uso o Space Bag que salva a minha vida. Agora que o verão vem chegando, dá-lhe tirar toda a roupa grossa do armário, pegar as de verão que estão guardadas desde outubro e voltar pro armário. É uma bagunça incrível, ainda mais porque todo ano sempre tem roupa a mais, afinal quem resiste ficar um ano sem comprar nada? Só a Lilia eu acho que seria capaz hehehe e olhe lá! Esse ano tive que comprar mais space bag e pro meu azar veio com defeito e a arrumação completa mais uma vez foi adiada até que seja feita a troca.

Não reparem a bagunça, mas junto com closet vem a vontade de arrumar as coisas que já estava adiando há tempos, como pendurar um gancho novo para as bolsas, mais gavetinhas para organizar, então a bagunça aumenta mesmo!

Alguém ajuda?


Morando nos EUA

Recebo muitos emails me perguntando sobre como vir morar aqui, como está o mercado de trabalho, etc etc. Resolvi fazer um post já respondendo a essas perguntas todas, assim fica mais fácil 🙂

Mercado de trabalho:
É dificil responder a essa pergunta, porque depende muito em que área a pessoa quer trabalhar. No momento percebemos que a oferta aumentou um pouco, e que tem menos pessoas desempregadas, mas ainda acho que está bem diferente de quando eu vim para cá. Normalmente as pessoas que chegam aqui sem alguma qualificação acabam trabalhando em sub-empregos.

Como trabalhar aqui:
Aqui tem muitos brasileiros trabalhando, muitos legalmente e outros ilegalmente. Para se trabalhar legalmente, você precisa de um visto temporário de trabalho. Existem várias categorias desse visto; o L que são para pessoas que são transferidas de empresas de outro país para cá, O, para trabalhos especiais e o H1B. Ilegalmente as pessoas normalmente trabalham em sub empregos com social security falso (relativo ao nosso cpf). Estudantes podem trabalhar 20 horas por semana depois de um ano estudando nos EUA. Tendo o greencard você pode trabalhar como qualquer outro americano.

Os vistos mais comuns:
F1- visto de estudante
Você tem que se matricular em uma escola aqui nos EUA fulltime, ou seja no mínimo 20 horas semanais e depois que a escola te dá a papelada, entra com o pedido do visto no consulado, comprovando que você tem renda suficiente para pagar os estudos e se manter aqui durante esse tempo, (aluguel, comida etc) ou seja uma p*** grana.

L– Visto de tranferência
Uma empresa multinacional faz a tranferência do funcionario para a filial nos EUA. A pessoa deve estar empregada na empresa no mínimo por 1 ano contínuo nos últimos 3 anos. Essa pessoa deve estar num cargo executivo ou de gerência para poder aplicar.

H1B-Visto de trabalho temporário
Para alguns trabalhos específicos como engenheiros, enfermerias, professores, pesquisadores, programadores e alguns outros profissionais. Esse visto requer que a pessoa seja formada na área em que vai atuar, mas caso a pessoa não seja formada, terá que ter 3 anos de experiência para cada ano de estudo, ou seja um curso de 4 anos requer 12 anos de experiência. O visto é valido por 3 anos, pode-se renovar por mais 3 e após esse período é preciso deixar o país ou ficar 1 ano sem trabalhar para poder fazer o pedido novamente e começar todo o processo do zero. A empresa aqui nos EUA que precisa patrocinar esse visto.

O – Habilidades especiais
O requerente desse visto, deve ter habilidade extraordinária nas seguintes áreas: ciencias, artes, negócios e educação. Muitos documentos para provar essa habilidade serão pedidos, o processo é bem burocrático.

Greencard
Os casos mais comuns são conseguir por casamento com um americano, ou a empresa aqui nos Estados Unidos fazer o pedido para o requerente. O processo via casamento é bem mais rápido do que o via empresa, que demora em torno de 4 anos. Tem também a loteria do greencard que acontece todos os anos, apesar de díficil é a mais fácil de tentar 🙂

Espero ter respondido as perguntas básicas, se alguem tiver algo a acrescentar por favor deixe nos comments!

{Série Metrô}

metro3.jpgAcho muito legal ver essas pessoas com roupas diferentes de acordo com sua religião e costumes. Sempre vejo umas meninas muçulmanas com jaqueta jeans, calça moderninha, mas sempre aquele lenço na cabeça. Esse rapaz estava no metrô e fiquei meio em dúvida quanto aos trajes, acho eu que também é muçulmano. Mas reparem no Tenis moderninho dele, muito louca a combinação!

Fico imaginando o que traz esse povo para América, que vêm de uma cultura tão diferente, costumes e valores tão diferentes. Quando vemos os ortodoxos falando, aqui é a terra do pecado pra eles, não consigo entender como uma pessoa que tem valores tão opostos aos daqui, consegue ver as doideiras, ver o que se passa na rua, na TV… imagino o choque que deve ser e quão difícil deve ser para eles educarem os filhos com esses princípios religiosos e culturais em uma cidade tão diferente e misturada. Acho bárbaro os que conseguem manter seus costumes, afinal é uma big tarefa.

Vida Doméstica

desespero.jpgFoi engraçado quando mudei para NY, me adaptar à cidade nova, vida nova e costumes domésticos novos. Já falei aqui uma vez sobre a adaptação à cidade, hoje vou falar da adaptação doméstica.

Primeira vez que estava morando sozinha com o Sergio, que sempre teve empregada a vida toda, ou seja, não estava acostumado a fazer absolutamente nada em casa. Eu já tinha uma boa experiência com cozinha, minha mãe me ensinava muitas coisas, mas mesmo assim eu nunca tinha assumido a cozinha por completo, até hoje por exemplo, ainda não me dou bem em guardar a Tuppewares, não achei um método eficiente de guardá-las para que não caiam e as tampas fiquem facilmente acessíveis. Quando tinha algumas dúvidas sobre tempo de cozimento, onde guardar algumas verduras, dentro ou fora da geladeira, eu pegava o fone e fazia o interrogatório pra mama. Hoje já me viro mais sozinha, me embanano com a quantidade de água para fazer uma carne cozida, mas já aprendi muito. Aqui tem lava-louça o que eu não tinha no Brasil, então demorei a me convencer que ela era realmente útil pra mim. Hoje não vivo sem.

Na lavanderia foi um grande problema. Eu nunca lavava roupa no Brasil, era minha mãe quem fazia essa tarefa, eu apenas passava. Chego aqui e tem a máquina, completamente diferente da que eu tinha em casa e a secadora de roupas, que eu nunca tinha usado. Logo comprei a tábua de passar e quando a esposa do landlord viu, ela perguntou: Por que comprou isso? eu não uso! A roupa já sai da secadora pronta para usar! Enfim, me achei a estúpida, mas já que tinha comprado, deixa lá. Comecei a entender os ciclos da máquina de lavar roupa, mas o que era aquele tal de soak? Descobri beeem depois que era o tempo pra ficar de molho. Manchei algumas roupas… aquela coisa de misturar um vermelhão com um creme, perdi minha blusa de linha.O tal do Bleach hein? que até hoje nunca sei se devo ou posso usar? Hoje em dia, tenho problemas com bolinhas que se formam nas roupas e os inúmeros pêlos que ficam nas roupas pretas, para isso já testei 3 métodos (foto abaixo) e até agora o que mais gostei foi a mais simples, a escovinha preta.

O maior problema mesmo foi com a secadora de roupas. Encolhi várias calças, blusas e todas eram queridas. Tive que aprender na marra a ler as etiquetas de instrução de lavagem, pois algumas roupas podem e outras não. As que não podem, adaptei um varal (aqui em Ny não existe área de serviço com tanque e varal) e as que não podem ir na secadora, seco normal e enfim pude usar para elas, meu ferro e a tábua de passar roupas :-).

Ainda dou umas mancadinhas e perco umas blusinhas da hering, que não podem ir de maneira alguma pra secadora, mas a Sthephanie me ensinou uma tática para quando isso acontecer: Lave novamente, vá com a peça até a banheira e bata MUITO a roupa na lateral da banheira, dê uma verdadeira “surra” nela. Fiz em uma camiseta do Sergio e deu certíssimo, ainda escapei da bronca!

Para as donas de casa desavisadas como eu, abaixo vai uma ajudinha:

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Celebridade na Rua

http://www.mozinha.com/archives/baldwin.jpgEstou esperando para atravessar a 7th avenue ontem e quem vem na minha direção atravessando pro lado contrário? Alec Baldwin. Ele estava no celular e não prestou muita atenção ao atravessar, pois o sinal estava fechado ainda para os pedestres e um carro passou bem pertinho. Passou por nós e fiquei observando, no meio daquela multidão, somente nós e mais um casal percebeu sua presença. Não é mais o mesmo galã… está com bastante cabelo branco e bem barrigudinho. Mas foi legal, mais uma celebridade para minha coleção 🙂

Que país é esse?

Hoje estava assistindo a um programa na Globo Internacional que se chama Planeta Brasil, o primeiro feito aqui nos EUA mesmo para a comunidade brasileira. Estavam falando hoje sobre o Queens a maior comunidade brasileira de NY, onde achamos coxinha, pão de queijo, supermercados, danceterias, e ouvimos em português.

Justamente essa semana estava conversando com o Sergio sobre essas comunidades aqui, que devido a elas, as pessoas não se integram com o sistema americano. Os imigrantes acabam criando suas próprias comunidades devido as dificuldades que encontram com a cultura e a língua principalmente. O que acontece, é que cria-se um país dividido, sem identidade e acho que isso acaba aumentando o preconceito a raças.

Na verdade os EUA acaba sendo um país sem suas características, aquelas que fazem as pessoas virem pra cá com aquela imagem que os EUA passam para o mundo, e não o que realmente é. Na verdade isso acontece porque o governo a fim de atingir o mercado latino e outros, acabam facilitando a vida dessas pessoas ao invés de dificultar e obriga-las a se adaptar. Aqui se você fala espanhol, mal precisa falar inglês, pois vários serviços como bancos, metrô, cia telefonica, entre muitos outros, tem opções de suporte em Inglês e espanhol. Brochuras do metrô são distribuidas até em chinês, e se você for até chinatown, terá dificuldades por lá, pois tudo é escrito em inglês, muitas coisas de interesse geral até. No Mac Donald’s de lá, chinês não se perde, até o menu é na lingua nativa deles.

Na minha opinião, quando vc sai do seu país para viver em outro, o legal mesmo é se adaptar a cultura, costumes, e principalmente aprender a língua, e não criar um mini país em sua comunidade, como se nunca tivesse o deixado. Por isso me recuso a frequentar qualquer comunidade brasileira por aqui.

Lei de Murphy é real!

Como meu blog estava fora, acabei nem contando minha aventura de Domingo.
Eu e o Sergio resolvemos assistir a um show de flamenco para comemorar o final de semana dele sem trabalhar, depois de vários seguidos trabalhando. Normalmente chegamos em cima da hora aos lugares, mas dessa vez para que nada desse errado, resolvemos sair mais cedo. Pegamos o metrô e fomos… 4 estações para frente, ele parou e avisaram que por um problema de falta de energia, iria ficar parado, tinha pegado fogo em uma estação em Manhattan pois um cidadão civilizado atirou uma peça de metal no trilho que tem eletricidade, e acidade virou um caos. Não… não estava acreditando, ficamos na dúvida entre esperar ou sair e pegar um táxi, já que ainda estávamos no Brooklyn e fica mais difícil pegar táxi. Resolvemos sair e achar um. Azar, todos tiveram a mesma idéia, agora juntem isso na redondeza, 4 linhas de metrô quebradas e todos querendo pegar táxi, em uma região que não tem muitos. A guerra estava declarada!

Resolvemos andar alguns quarteirões para nos afastar do povo todo, e caímos em uma região com mais 6 linhas quebradas que também estava cheia de gente querendo pegar um táxi. O tempo passando … 7:00hrs e nada de conseguir transporte. Liguei para o Car Service ir me pegar na esquina X com Y e para não me confundir e pegar outra pessoa falei que estava com um casaco cor de rosa, não daria pra confundir né? Ok, esperamos, esperamos, e uma espertinha junto com a mãe chegou e nos viu parados na calçada esperando o táxi. Sim estávamos dispostos a pegar um se passasse antes do carro vir nos pegar nos 5 minutos prometidos por eles. Ah, detalhe, a bateria do celular tinha acabado também, então ligamos do orelhão pro serviço de carro. Enfim, as “espertinhas” resolveram andar um pouquinho para ficar antes de nós, caso o táxi chegasse elas pegavam primeiro. Aquele dia realmente percebi o que é a tal guerra por taxis em NY que eu só via em filmes. O carro não veio então resolvi ligar novamente, mas ninguém atendia o telefone. Comecei a andar e passei na frente da “espertinha” que ficou me olhando, achando que a espertinha era eu!!!! Enfim, quando andei, vi um casal na nossa frente conseguindo um táxi, não tive outra reação a não ser pedir para dividirmos pois estávamos a mais de meia hora tentando pegar um. Casal legal, toparam na hora e para minha surpresa, quando passei pela “espertinha” que ainda estava lá na calçada, ela me viu e com raiva me mostrou o dedo do meio. This is New York!!!! Pessoas grossas e mal educadas! Minha raiva só não foi maior por enfim estar vivendo um momento tão nova iorquino, acabei achando engraçado no final quando passou todo o estress. Depois em outro post conto sobre o show que foi magnífico.

Interessante…

Hoje eu vi várias pessoas na rua com uma macha preta na testa. Não sabia o que era, até ver outras com uma cruz, aí percebi que a mancha nas outras pessoas na verdade era cruz borrada. Perguntei para algumas pessoas e descobri que era por causa da quarta feira de cinzas, que pra mim era apenas o final do carnaval 🙂

Dei uma pesquisada e achei o seguinte:
“Na nossa liturgia atual da Quarta-feira de Cinzas, utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos. O sacerdote abençoa as cinzas e as impõe na fronte de cada fiel traçando com essas o Sinal da Cruz. Logo em seguida diz : “Recorda-te que és pó e em pó te converterás” ou então “Arrepende-te e crede no Evangelho”.

Não sou nada religiosa, mas no Brasil nunca tinha visto isso antes na quarta feira e cinzas, achei interessante.

Healthy Life

Agora tomei minha decisão, vou correr no parque todos os dias. Estou começando devagar seguindo um programa que baixei na internet para iniciantes, então essa semana será corrida de 10 minutos em dias alternados. Vamos ver até quando dura, até agora estou adorando. A Luana foi comigo duas vezes, mas as atenções dela são outras, enquanto eu quero correr na pista, ela fica querendo ir pra pista dos cavalos, falar com um amiguinho que ela viu do outro lado da pista, enfim, fica meio complicado as vezes 🙂

O legal é que no meu percurso a maioria dos dez minutos eu estou em volta do lago, então é uma vista agradabilíssima. Agora no inverno ele está congelado, mas como a temperatura está subindo, metade está congelado e outra não, pena que não consegui ainda tirar essa foto meio a meio.

Aliás esse ano uma pessoa morreu nesse lago, isso é um perigo, pois ele congela apenas superficialmente e se não estiver uma camada bem grossa ele quebra e adeus. Somente os patinhos sobrevivem alí em todas as estações. É preciso muito cuidado, eu quando vou para Lake Placid que fico naquele hotel em frente ao Mirror Lake, vemos placas quando o gelo está fino e não está permitido andar por cima dele. Ainda bem que todas as vezes que fui estava permitido, pois é muito legal. Abaixo, uma foto dele no verão, acho lindo ver essa mudança da natureza.